Gaeco realiza operação “Fim de Festa” e prende quadrilha que atuava em MS e GO

 No último sábado, a Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (CIGCOE) cumpriu, em Campo Grande, mandado de prisão contra membro da quadrilha desmantelada na operação “Fim de Festa” realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Dourados, Ministério Público Estadual de Amambai.  Geovane Leite da Silva foi preso com 400 kg de maconha e R$ 10 mil e seiscentos em dinheiro em uma casa localizada na rua Delamaris, bairro Tarumã, na Capital. Eva Lúcia Molina Lang (esposa de Geovane) e Eder Jesus Vargas também foram presos no local.

 

Em outra residência localizada na rua Curiango, bairro Otávio Pécora os policiais encontraram mais uma tonelada de maconha, sendo preso em flagrante o morador André Vilela Leal, de 44 anos, outro membro da organização criminosa, com ele foi apreendido um veículo carregado com mais 200 quilos de maconha.

 

Conforme as investigações do MPE, Geovane é apontado como distribuidor de entorpecentes que eram enviados em grandes quantidades para vários estados, principalmente Goiás. A Operação “Fim de Festa” foi desencadeada em 17 de dezembro de 2010.

 

A investigação realizada pelo Gaeco constatou que a quadrilha era comandada por Silvério Acosta Antunes, um dos presos na operação. Silvério comandava as atividades ilícitas do grupo, que partindo do município de Coronel Sapucaia, transportava os entorpecentes pelos municípios de Amambai, Caarapó e Dourados, com o intuito de chegar até Goiânia.

 

No dia 16 de dezembro, os Promotores de Justiça Etéocles Brito Mendonça Dias Júnior, Ricardo Rotunno e Amílcar Araújo Carneiro Júnior assinaram a denúncia e medida cautelar pedindo a prisão preventiva de Silvério Acosta, Paulo Henrique Borak, “Oreia”, Anderson de Holanda Cavalcante, “Pucheiro”, Creomar Ledesma, Enedi Nogueira Charão, Dejair Chaves dos Santos e Luiz Eduardo Rojas Lemes.

 

Já Geovane Leite da Silva não havia sido qualificado, e por isso o MPE contou com apoio do CIGCOE para monitorar as ações criminosas do acusado em Campo Grande, até que na última sexta-feira, os mandados de prisão e de busca e apreensão foram expedidos pela comarca de Amambai.

 

As investigações foram feitas por interceptação de comunicações telefônicas autorizadas judicialmente. O nome da operação é uma alusão às inúmeras festas que eram financiadas pelo dinheiro que o tráfico de drogas realizado pela quadrilha movimentava.

 

Também foram realizadas buscas nas residências dos acusados resultando em apreensão de pequena quantidade de drogas, carros que eram utilizados no deslocamento da quadrilha e R$ 12 mil em espécie escondido na cueca de um dos presos.

 

O trabalho de investigação contou com o apoio da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos do Estado de Goiás (Denarc) e Delegacia Regional de Polícia Civil de Ponta Porã. O Departamento de Operações de Fronteira (DOF) colaborou para prender os envolvidos.