Por unanimidade, o Plenário do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) aprovou na terça-feira, 15 de março, durante a 5ª Sessão Ordinária de 2016, proposta de nota técnica que trata da atuação do Ministério Público na proteção dos direitos da população LGBT – lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais –, especialmente quanto ao direito ao uso do nome social no âmbito da Administração Direta e Indireta da União e dos Estados.

A proposta foi apresentada em maio de 2015 pelo então presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Fundamentais do CNMP, Conselheiro Jarbas Soares Júnior, e relatada pelo Conselheiro Jeferson Coelho. Em função do término do mandato, o processo foi redistribuído para ser relatado pelo Conselheiro Sérgio Ricardo de Souza.

A nota técnica expressa o posicionamento do CNMP no sentido de garantir o direito de reconhecimento e adoção de nome social (ou apelido público notório) em benefício da população LGBT, por meio de solicitação do interessado, na rede pública estadual e municipal de ensino e saúde, mediante tratamento oral identificado nos formulários e sistemas de informação utilizados nos procedimentos internos, treinamento dos servidores e demais providências, no âmbito da Administração Direta e Indireta da União e dos Estados.

O Conselheiro Sérgio Ricardo afirmou, em seu voto, que um dos grandes avanços na proteção dos direitos e garantias fundamentais da população LGBT foi a possibilidade de alteração do nome e do gênero sexual nos registros civis. O conselheiro destacou que o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça já decidiram favoravelmente sobre a questão.

Sérgio Ricardo concluiu: “Considerando a necessidade de instruir e orientar os cidadãos sobre os direitos da população LGBT, bem como, que cabe ao Ministério Público fiscalizar a observância dos direitos fundamentais mínimos pelos mais diversos setores da sociedade, trata-se de medida relevante a expedição de Nota Técnica por parte deste Conselho para não só manifestar o entendimento do CNMP sobre o assunto, mas principalmente para subsidiar a atuação dos membros”.

Veja aqui a íntegra da nota.

 

Fonte: Ascom/CNMP

Foto: Sérgio Almeida (Ascom/CNMP)