O Comissão de Planejamento Estratégico do Conselho Nacional do Ministério Público (CPE/CNMP) lançou, na última quinta-feira (8/3), um projeto que visa analisar a desigualdade nas relações de poder entre homens e mulheres dentro do Ministério Público.

O projeto faz parte do estudo denominado “Cenários” que tem o objetivo de levantar dados nos ramos e unidades do Ministério Público que permitam o desenvolvimento de estratégias para aperfeiçoamento institucional nas temáticas relativas à igualdade e à diversidade.

Para a Promotora de Justiça do MPMS e membro da Comissão de Planejamento Estratégico do Conselho Nacional do Ministério Público, Ana Lara Camargo de Castro, este projeto vai esclarecer muitos questionamentos feitos na Instituição e que abrangem o tema da desigualdade de gênero:

“A participação feminina aumentou bastante nos últimos anos dentro do Ministério Público tanto nos concursos como com mulheres ascendendo na carreira. Um grande questionamento que hoje se faz no MP brasileiro é a questão da visibilidade da mulher nos cargos de chefia, de direção, nos cargos de liderança nas Instituições do MP, então esse é um grande tema de discussões no MP brasileiro hoje”, explicou a Promotora.

A Promotora de Justiça Ana Lara explica ainda os objetivos específicos da pesquisa:

“A nossa proposta é investigar em todos os MPs do Brasil tantos dos Estados mais os da União, para ver como está o índice de participação das mulheres, estamos fazendo uma pesquisa com dados desagregado por sexo para chegar em uma pesquisa de gênero: quantas procuradoras-gerais, quantas corregedoras, membros de comissão de concurso, quantas mulheres secretárias-gerais, quantas mulheres assessoras de PGJ, e a partir daí a ideia é propor uma Política de incentivo à igualdade das relações de poder entre homens e mulheres dentro do Ministério Público, então estamos fazendo a lição de casa para dar exemplo para os outros”

De acordo com o CNMP, após a análise de dados, a pesquisa partirá para um segundo momento, onde serão aprofundadas, por meio de entrevistas e pesquisa de campo, as conclusões iniciais. Adiante, haverá a proposição de ações afirmativas para o enfrentamento da desigualdade de gênero no Ministério Público brasileiro. Os resultados, por exemplo, subsidiarão a elaboração do novo Mapa Estratégico Nacional e outras ações futuras do CNMP.

 

Texto: Ana Carolina Vasques/ Jornalista-Assecom, com informações da Assecom do CNMP

Foto: Banco de Imagens