Foram condenados pelo crime de homicídio qualificado, os réus Leandro da Silva Martins e Wesley Rocha Reis Bento, o “Magrão”, acusados de matar, com vários golpes de facadas, o travesti Penélope Charmosa. O julgamento aconteceu, nesta quinta-feira (3/5), na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande e foi presidido pelo Juiz de Direito Carlos Alberto Garcete de Almeida.

A acusação foi feita pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul, representado pela Promotora de Justiça Lívia Carla Guadanhim Bariani, titular da 19ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, que pediu a condenação dos réus Leandro da Silva Martins e Wesley Rocha Reis Bento pelo crime de homicídio qualificado, com as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel empregado e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Já a defesa, feita pela Defensoria Pública do Estado, sustentou o afastamento das qualificadoras e também a absolvição de Leandro, ou, ao menos, o reconhecimento de sua participação como de menor importância.

O Conselho de Sentença acatou em parte os pedidos da defesa e afastou a qualificadora do motivo torpe. Ao estipular a pena, o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida considerou a confissão feita por Leandro e estipulou pena de 12 anos e seis meses para ele. Wesley não compareceu ao julgamento e está foragido. Ele foi condenado a 14 anos e 2 meses de reclusão.

Crime - Penélope foi morta com pelo menos 15 facadas, em novembro de 2015 no Bairro Universitário. Segundo o registro policial, a vítima foi ferida na rua Elvira Matos de Olilveira, onde foi localizada a faca de serra que estava com ela, um chinelo e fones de ouvido. Ela correu até à esquina onde foi encontrada. Penélope tinha perfurações no tórax, nas costas, perna e nuca.

Texto: Elizete Alves/Jornalista – Assecom MPMS