O integrante do crime organizado Rafael da Silva Duarte foi condenado, na tarde desta quinta-feira (12/7), pelo crime de homicídio qualificado por ter matado a vítima Richard Alexandre Lianho. O Julgamento ocorreu, na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande e foi presidido pelo Juiz de Direito Carlos Alberto Garcete de Almeida.

Durante o júri, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, representado pelo Promotor de Justiça José Arturo Iunes Bobadilla Garcia, designado para responder pela 19ª Promotoria de Justiça de Campo Grande pugnou pela condenação de Rafael da Silva Duarte pelo motivo torpe, ocultação de cadáver, porte ilegal e pertencer a organização criminosa.

A Defesa do acusado alegou a negativa de autoria em relação a todos os crimes.

O Conselho de Sentença acolheu a tese da Defesa em relação aos crimes de corrupção de menores, absolvendo-o destas imputações, porém, reconheceu a materialidade e a autoria dos demais delitos

O Juiz de Direito condenou o réu com a soma total das penas, o que totalizou em 22 anos e 9 meses de reclusão, 1 ano de detenção, bem como o pagamento de 40 dias-multa à razão de 1/30 do salário mínimo vigente ao tempo dos fatos, devidamente corrigido.

Crime

No dia 14 de fevereiro de 2017, por volta das 17h30, na região do "Inferninho", os acusados Rafael da Silva Duarte e Naiara, em companhia com Leandro de Oliveira (vulgo HB20 - mandante do crime) e os adolescentes Murilo M. M. e Matheus G. V. F. (executores do crime), mataram a vítima Richard Alexandre Lianho.

Conforme consta nos autos, Naiara, previamente combinada com seu convivente Leandro (HB20) e os demais comparsas, simulou um encontro amoroso com a vítima, a fim de atraí-la à residência dos menores infratores, ocasião em que a vítima foi amarrada e teve sua liberdade cerceada.

No local, mantiveram a vítima amarrada e sob a mira de duas armas. Logo, Matheus passou a desferir tiros na cabeça da vítima e, em seguida, Murilo também o fez. Após os disparos, Matheus, utilizando-se de uma faca, tentou arrancar os braços e decapitar a vítima, porém sem êxito.

Em seguida, o corpo da vítima foi jogado numa ribanceira do penhasco da Cachoeira do Céu - "Céuzinho", com a finalidade de ocultar o cadáver.

Texto: Elizete Alves/Jornalista – Assecom MPMS