Momento singular e histórico, assim vivemos como se estivéssemos em um retiro com a pandemia provocada pelo novo coronavírus (COVID-19). Desde o início de janeiro de 2020, quando os primeiros casos começaram a aparecer e se espalhar a partir da China, a COVID-19 tem causado pânico, incertezas e, principalmente, mudança de comportamento.

A orientação oficial é ficar dentro de casa para que não ocorra a circulação e diminua o ritmo de novos casos, entretanto, apesar dessa “aproximação familiar”, o contato físico também fica restrito e isso causa um sentimento de tristeza, como no caso da Administradora de Empresas Thais Caetano de Figueiredo, que tem um filho de 9 anos. Ela conta que tem uma relação muito próxima com o filho e agora não pode ficar tão perto para prevenir uma possível contaminação do vírus. “O Gabriel é acostumado a receber abraços e beijinhos, e ele está o tempo todo ‘grudado’ em mim, na minha mãe e na minha tia. Ele reclama toda hora que não vai sobreviver sem beijinhos e isso corta meu coração”, lamenta. Para amenizar a situação, Thais explica ao filho que a situação é para o bem dele e temporária. “Expliquei a ele que assim que sairmos do isolamento social vamos dar um montão de beijinhos nele”, comemora.

Já no caso da Educadora Física e Personal Trainner Laura Calixto, o contato físico com o pai Francisco Antônio dos Santos, de 80 anos, é inevitável devido a sua condição de cadeirante. De acordo com ela, sua rotina profissional foi suspensa e agora se dedica integralmente ao pai e à mãe, que tem 76 anos, sendo que os cuidados são ainda mais redobrados. “A minha preocupação maior é com meu pai que, além de idoso, é cadeirante, e depende do contato físico. Tiro ele da cama, dou banho, coloco na cama, essa é a nossa rotina”, explica. Laura confessa que gostaria muito de estar trabalhando, mas ela está feliz em poder cuidar dos pais, e quando precisa sair, está atenta a todos os procedimentos para não levar o vírus para dentro de casa.  “Quando retorno para casa, os cuidados são maiores para não os contaminar. Meu pai depende do contato físico direto e eu preciso me preservar, eu não posso arriscar a saúde deles”, ressalta.

E para as pessoas que precisam sair de casa para ir à farmácia e aos supermercados, por exemplo, vale lembrar que, além do frasquinho de álcool em gel na bolsa ou no carro, alguns outros cuidados são essenciais na hora de voltar para a residência como:

- Entre em casa sem sapatos;

- Tire as roupas e tome um banho;

- Limpe sua bolsa;

- Higienize aquilo que tocar;

- Trouxe embalagens do mercado? Limpe-as também.

Texto: Ana Paula Leite/jornalista Assecom MPMS