O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, em um trabalho integrado e inédito com a Polícia Militar Ambiental (PMA) e o Governo do Estado, representado pelo Grupamento de Operações Aéreas, agora tem à disposição uma aeronave para agilizar a fiscalização dos pontos de ignição dos incêndios, ou seja, os locais onde os incêndios estão tomando grandes proporções. Os trabalhos estão em andamento, desde a tarde de terça-feira (25/6), em Corumbá.
O MPMS, por meio do Núcleo de Geotecnologias (NUGEO), identifica os pontos, repassa para a PMA e, com o apoio da aeronave, um agente do Estado chega prontamente, para verificar as causas. Até o momento, de todo incêndio que está ocorrendo no Pantanal Sul-mato-grossense, já foram detectados 13 pontos de ignição, que serão investigados.
Segundo o Promotor de Justiça do Núcleo Ambiental, Luciano Furtado Loubet, “por mais que às vezes não se consiga comprovar que houve um incêndio intencional e com isso gerar uma multa ou uma responsabilidade criminal, o Ministério Público vai tomar providências em todos esses casos para a reparação desse dano e especialmente para adoção de medidas preventivas, a fim de tentar evitar que novos incêndios comecem nestas áreas”.
O NUGEO identificou 18 pontos de ignição que geraram aproximadamente 56.631,68 hectares de incêndios florestais ocorridos entre os dias 10 de maio e 23 de junho de 2024, na região do Pantanal de Mato Grosso do Sul. Esse período coincidiu com a declaração de emergência ambiental (Decreto nº 25, de 9 de abril de 2024) pelo Governo Estadual. Desde então, a região pantaneira tem estado em chamas, e atualmente o bioma em MS já queimou cerca de 292.885,62 hectares, no período proibitivo.
Texto: Waléria Leite – Jornalista/Assecom MPMS
Imagens: NUGEO