A Promotora de Justiça Filomena Aparecida Depólito Fluminhan, da 32ª Promotoria de Justiça da Saúde de Campo Grande, depois de expedir recomendações à Prefeitura e Secretaria de Saúde da Capital e de participar de reuniões com os representantes do setor de Saúde do Município e de hospitais nos últimos dias, realizou diligências na segunda-feira (01/09) à tarde nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) dos Bairros Coronel Antonino, Vila Almeida e Universitário.

A finalidade das vistorias “in loco” foi dar prosseguimento à investigação sobre a falta de leitos na Santa Casa de Campo Grande que, consequentemente, acarreta na permanência de pacientes, por período superior a 24 horas, naquelas Unidades de Pronto Atendimento, aguardando pela disponibilização de vaga de leito hospitalar.

Conforme competência normativa, as UPAs devem manter pacientes em observação até 24 horas para elucidação diagnóstica e/ou estabilização clínica, sendo que a necessidade de internação efetiva deve ocorrer no ambiente hospitalar, a fim de que o paciente tenha acesso ao suporte necessário ao tratamento adequado o que atualmente não está sendo cumprido em razão da falta de leitos hospitalares de adulto. A explicação é da Promotora de Justiça, que esteve acompanhada durante essas diligências pelo Assessor Jurídico Lucyan Lacchi da 32ª Promotoria de Justiça.

Durante a vistoria, constatou-se, ainda, a falta de equipamentos imprescindíveis ao funcionamento nas três unidades de saúde. Na UPA Coronel Antonino, os equipamentos estão defasados e apresentam defeitos constantes e, mesmo após o conserto, novamente apresentam defeitos. Os equipamentos (aparelhos) da UPA apresentam tecnologia inferior aos da viatura do Serviço de Atendimento Urgente (SAMU).

Realizada a vistoria, observou-se que não há falta de leitos hospitalares para encaminhamento de crianças e adolescentes nas três UPAs, sendo que o encaminhamento aos hospitais referenciados é efetuado dentro dos prazos de protocolo. Na UPA Coronel Antonino, constatou-se durante a vistoria que, de fato, havia sobra de dois leitos sem ocupação na ala pediátrica, bem como se constatou que haviam dois adultos que foram alocados para a ala pediátrica, em razão de não haver disponibilidade na ala de adultos.

Ainda na UPA Coronel Antonino, constatou-se que uma paciente que está internada desde 24 de agosto de 2014, aguardava vaga no Centro de Apoio Psicossocial (CAPS).

UPA da Vila Almeida

Na diligência realizada na Unidade de Pronto Atendimento do Bairro Vila Almeida, a Promotora de Justiça entrevistou quatro profissionais lotados naquela unidade de saúde, quando tomou conhecimento que a maior demanda naquela unidade é para pacientes que aguardam CAPs , pneumonia, AVCs e infartos, demonstrando que a demanda mais reprimida (falta de leitos) é nas seguintes áreas: psiquiatria , clínica médica, cardio e infecto” . Acrescentaram, ainda, que, nos últimos meses, pacientes chegaram a ficar mais de cinco dias internados; porém, nas últimas semanas, a transferência está mais célere.

Os entrevistados ainda confirmaram que pacientes vítimas de infarto e “AVC”, que deveriam ser encaminhados à unidade hospitalar no período máximo de três horas após o problema (no caso de infarto) e de 4 a 5 horas na hipótese de AVC, permanecem naquela unidade aguardando leito hospitalar, o que acarreta, com essa demora, no considerável agravo no seu estado de saúde. Esse agravo poder ser irreversível, podendo inclusive levá-lo a óbito.

UPA Universitário

Na diligência realizada na Unidade de Pronto Atendimento Universitário, a equipe entrevistou quatro profissionais lotados naquela unidade de saúde quando tomou conhecimento que a maior demanda reprimida (falta de leitos) é na área de “clínica médica, cardio e infecto” (ipsis ltteris). Acrescentaram que a maior dificuldade para obtenção de leitos hospitalares ocorre com pacientes a serem encaminhados aos CAPS e, respectivamente, às seguintes especialidades: clínica médica (pneumonia, dpoc), neurologia (AVC), cardiologia e infecto, mas já presenciaram pacientes internados por mais de três dias.

Também os entrevistados ainda confirmaram que, pacientes vítimas de infarto e “AVC”, permanecem naquela unidade aguardando leito hospitalar, o que acarreta, com essa demora, no considerável agravo no seu estado de saúde.

UPA Coronel Antonino

Na diligência realizada na Unidade de Pronto Atendimento do Bairro Coronel Antonino, a equipe entrevistou quatro profissionais lotados naquela unidade de saúde, quando tomou conhecimento de que a maior demanda reprimida (falta de leitos) é para pacientes adultos e ocorre nas seguintes áreas: Psiquiatria, clínica médica, cardiologia e infectologia”. Acrescentaram, ainda, que a maior dificuldade para obtenção de leitos hospitalares ocorre em relação aos pacientes a serem encaminhados aos CAPS e sequencialmente as seguintes especialidades: clínica médica (pneumonia, dpoc), neurologia clinica (AVC isquêmico), cardiologia clinica (infarto) e infectologia.

Também os pacientes vítimas de infarto e “AVC” permanecem naquela unidade aguardando leito hospitalar.