O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul representado pelo Promotor de Justiça, Eduardo José Rizkallah ofereceu denúncia para início de Ação Penal Pública em desfavor do Policial Rodoviário Federal Ricardo Hyun Su Moon, acusado de matar o empresário Adriano Correa do Nascimento e tentar matar Vinicius Cauã Ortiz Simões e Agnaldo Espinosa da Silva no último dia 31 de dezembro em Campo Grande.

De acordo com a denúncia oferecida nesta segunda-feira (23/01), o denunciado cometeu crime impelido por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas. Ricardo Su Moon também incidiu no delito de fraude processual, quando, para legitimar seus atos, tentou transparecer que trajava uniforme completo da Instituição em que é lotado no momento da abordagem, de forma que assim se vestiu depois do crime. Mas, suas declarações se mostraram alheias em razão de provas materiais, em especial fotos e vídeos de testemunhas, no qual mostra Ricardo trajando camisa listrada.  Segundo o Ministério Público, o policial foi ajudado por terceiras pessoas, que prestaram seus depoimentos tentando aparentar veracidade à farsa. Ali, inovou artificialmente o estado da coisa e pessoa a fim de induzir o erro ao juízo, visando produzir efeitos favoráveis a si próprio em processo penal.

Em razão dos fatos graves informados na denúncia, o Promotor de Justiça requereu ainda as seguintes medidas: perda do cargo público de Ricardo Su Moon (agente da Polícia Rodoviária Federal) e quebra do sigilo telefônico do acusado, pois consta que o PRF manteve contato através de diversas ligações telefônicas durante a ocorrência e posterior aos fatos.

O MPMS requer ainda remessa de cópia dos autos para apuração dos crimes, ao menos em tese, de fraude processual, falso testemunho e prevaricação praticados pelos policiais militares, pelo delegado de polícia e pelos policiais rodoviários federais que estiveram no local do crime, em razão de indícios de terem induzido o juízo ao erro e produzisse efeito para beneficiar o acusado.

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Texto: Ana Carolina Vasques/ Jornalista – Assecom

Imagem: Assecom