Estão sendo julgadas, nesta quarta-feira (29/3), por homicídio doloso qualificado, as rés Gabriela Santos Antunes, de 21 anos, e Emilly Karoliny Leite, de 20 anos, pelo assassinato da manicure Jeniffer Nayara Guilhermete de Moraes. O julgamento está sendo realizado no Plenário do Tribunal do Júri de Campo Grande e presidido pelo Juiz de Direito Aluízio Pereira dos Santos.

Em seu depoimento, Gabriela Santos Antunes disse que agiu em momento de fúria, pois havia visualizado algumas mensagens amorosas, trocadas entre seu marido, Alisson Patrick Vieira da Rocha, e a vítima Jeniffer Nayara.

"Diante do fato ocorrido, eu fiquei com muita raiva, então resolvi chamar a Jeniffer para conversarmos e esclarecer tudo. Peguei o carro e juntamente com as minhas amigas fumamos maconha, depois levamos Jeniffer até o ‘inferninho’ na tentativa de dar, apenas um susto e não para matá-la. Queria que ela me pedisse desculpas, por isso disparei os tiros. Já no terceiro disparo, ela se mexeu e a bala atingiu o rosto dela e ela veio cair no precipício", afirmou Gabriela.

Na sequência, a ré Emilly Karoliny Leite, ao prestar seu depoimento, confessou que foi cúmplice de Gabriela, juntamente com a menor de idade A.C.B.V.

A acusação está sendo feita pelo Ministério Público Estadual, representado pelo Promotor de Justiça Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos, titular da 20ª Promotoria de Justiça de Campo Grande. De acordo com as denúncias, o crime de homicídio foi duplamente qualificado, uma vez que agiram impelidas por motivo torpe e com recurso que dificultou a defesa da vítima (dissimulação).

Já a defesa está sendo feita pela Defensoria Pública do Estado, representada pelo Defensor Público Rodrigo Antônio Stochiero Silva, bem como pelos advogados Silvio Ernesto Ramiro Gomes e Estella C. Bauermeister Oliveira.

Texto e fotos: Elizete Alves