A passeata reuniu centenas de pessoas pelas ruas de Campo Grande, todos com o intuito em levar informação acerca da complexidade do cenário atual da violência contra as mulheres e dar maior visibilidade às questões relativas aos direitos humanos do sexo feminino.

A Promotora de Justiça Luciana Rabelo da 72ª Promotoria de Justiça – Casa da Mulher Brasileira e toda a equipe da Promotoria participaram da ação, e foram acompanhadas por Membros do Ministério Público Estadual que estiveram presentes na Caminhada. Todos emPENHAdos contra a violência. 

A iniciativa faz parte da Campanha Mulher Brasileira em 1º lugar, projeto inédito no Brasil, que objetiva reforçar as estratégias no combate e prevenção à violência doméstica e familiar contra as mulheres, por meio de ações e projetos que sensibilizem a sociedade para uma necessária construção de uma cultura de paz, igualdade de gênero e empoderamento das mulheres. A ação foi desenvolvida em consonância à Campanha Nacional Justiça pela Paz em Casa, movimento idealizado pela Ministra do STF Cármen Lúcia. 

No Brasil, uma mulher morre a cada 90 minutos vítima de feminicídio, 52% das mulheres vítimas não fazem denúncia e sofrem caladas e MS é o quinto estado brasileiro em taxa de feminicídio, segundo pesquisa do Instituto Datafolha.

A lei Maria da Penha acarretou muitos avanços no que se refere à violência doméstica e familiar contra a mulher, ainda assim no Brasil uma mulher morre a cada 90 minutos em função desse tipo de violência. Pesquisa do Instituto Data Folha divulgada em 08/03/2017, mostra que uma a cada três mulheres sofreram algum tipo de violência no último ano, que 22% das brasileiras sofreram ofensa verbal no ano passado - um total de 12 milhões de mulheres. Além disso, 10% das mulheres sofreram ameaça de violência física, 8% sofreram ofensa sexual, 4% receberam ameaça com faca ou arma de fogo, bem como, 1,4 milhões de mulheres sofreram espancamento ou tentativa de estrangulamento e 1% levou pelo menos um tiro. A pesquisa mostrou também que, entre as mulheres que sofreram violência, 52% se calaram, sendo que apenas 11% procuraram uma Delegacia da Mulher e 13% preferiram o auxílio da família.

 

Texto: Waléria Leite – Jornalista ASSECOM/MPMS

Imagem: arquivo -