O Tribunal do Júri da Comarca de Itaquiraí (MS) realizou, na terça-feira (08/08), o julgamento dos dois acusados de participação do assassinato do radialista Ailton Ferreira de Oliveira, 35 anos, conhecido como “Verdinho”, ocorrido em 05 de agosto de 2015.

O Conselho de Sentença, por maioria/unanimidade de votos declarados, reconheceu a materialidade e a autoria do delito, e condenou os réus Alison Roberto Carvalho Navier e Mauro Queiroz Cáceres ao crime de homicídio qualificado, com pena de 19 anos e três meses e 16 anos e seis meses, respectivamente, em regime fechado. O terceiro envolvido no crime, Paulo Sérgio Vieira, foi julgado em fevereiro deste ano e pegou a pena de 19 anos e três meses de reclusão.

A condenação dos réus foi mediante um trabalho em conjunto entre os Promotores de Justiça Pedro de Oliveira Magalhães e Paulo da Graça Riquelme de Macedo Júnior. De acordo com a denúncia, oferecida pelo Promotor Paulo da Graça Riquelme de Macedo Júnior, no dia 05 de agosto de 2015, por volta das 21h40 min, os denunciados Alison Roberto Carvalho Navier e Mauro Queiroz Cáceres, cientes da ilicitude e reprovabilidade de suas condutas, mediante promessa de recompensa no valor de R$ 15 mil, participaram do crime de homicídio praticado por Paulo Sérgio Vieira, contra a vítima Ailton Ferreira de Oliveira. A investigação concluiu que Paulo foi o autor dos cinco tiros que provocaram a morte do radialista.

Ainda de acordo com a denúncia, Alison Roberto Carvalho Navier agiu como intermediário e contratante do crime em relação aos acusados Mauro e Paulo Sérgio, uma vez que foi contratado por uma pessoa não identificada, para a execução do homicídio. Em áudios e mensagens arroladas no processo, Alison também foi o responsável pelo fornecimento da arma de fogo e da motocicleta utilizadas no crime. Já Mauro teria dado suporte para a fuga após o crime.

O Promotor de Justiça Pedro de Oliveira Magalhães produziu a acusação, apresentou as provas e pugnou pela condenação dos réus Alison Roberto Carvalho Navier e Mauro Queiroz Cáceres.

Texto: Ana Paula Leite/jornalista Assecom MPMS