O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça do Consumidor (CAOCon), realizou, nesta segunda-feira (19/03), pesquisa de satisfação com os consumidores no Aeroporto Internacional de Campo Grande em relação ao atendimento oferecido pelos Taxistas no local.

A solicitação da pesquisa foi feita pelo Promotor de Justiça Fabrício Proença de Azambuja para auxiliar a 25ª Promotoria de Justiça do Consumidor no Inquérito Civil que tramita desde 2012 e visa apurar eventuais irregularidades referentes ao atendimento oferecido pelos Taxistas no Aeroporto Internacional da Capital, bem como o baixo número de veículos credenciados no ponto de táxi em relação ao número de usuários. “Há um procedimento aberto na 25ª Promotoria de Justiça do Consumidor com algumas reclamações quanto ao tempo de espera do táxi aqui no Aeroporto e nós viemos fazer uma constatação para ver a veracidade das denúncias”, explicou o Promotor.

A pesquisa de satisfação avalia o serviço oferecido pelos Taxistas como péssimo, ruim, regular, bom e ótimo nos quesitos de tempo de espera, acesso ao veículo, preço da corrida, cordialidade do motorista, condições de segurança, trajes, tempo de chegada ao destino, estado dos veículos, auxílio com bagagens e velocidade utilizada nas vias.

Segundo o Promotor de Justiça, os resultados da pesquisa de satisfação vão colaborar na averiguação das reclamações dos usuários. “Isso aqui é um serviço público, e um dos princípios do serviço público é a eficiência. Estamos analisando a eficiência deste serviço público aqui no Aeroporto”, enfatizou.

O Promotor destaca que é a terceira pesquisa de satisfação realizada no local e uma das maiores queixas dos consumidores era em relação ao tempo de espera pelo táxi. “Houve denúncia do consumidor ficar até 40 minutos esperando por um táxi. No decorrer dos anos, foram aumentando os números de táxis e o tempo de espera foi diminuindo, e foi isso que viemos verificar. Aparentemente houve melhora no atendimento” finalizou.

Para o taxista José Aparecido Rosa de Oliveira, a demora no atendimento dos usuários muitas vezes não é em razão da falta de táxi, mas sim pelo fato da fila só comportar cinco veículos e a dificuldade no deslocamento até o cliente. “Às vezes nem é a falta de táxi, nós somos em 38 e agora com a liberação da Agetran vem mais 10, ou seja, são 48, mas só podem ficar cinco táxis por vez, o resto fica no corredor, e o nosso contato é visual. No horário de pico a rua fica cheia e não conseguimos chegar, ficamos presos e não conseguimos sair. A questão é de estrutura mesmo”, reclamou.

A ação foi acompanhada pelo Procurador de Justiça e Coordenador do CAOCon, Aroldo José de Lima.

Texto: Ana Paula Leite/jornalista Assecom MPMS

Fotos: Suellen Lands/estagiária Assecom MPMS