O Promotor de Justiça Antônio Carlos Garcia de Oliveira ajuizou ação civil pública requerendo à Juíza de Direito da Vara da Fazenda Pública e Registros que determine ao Município de Três Lagoas a imediata retirada de todos os jacarés de papo amarelo que se encontram na Lagoa Maior, no Município, já que a presença dos animais está conflitando com a participação dos humanos, existindo risco para ambos.

Na ação, o Ministério Público do Estado requer, ainda, que seja determinado ao Município a criação do Plano de Manejo da Lagoa Maior, com todas as suas consequências, conforme determinação da legislação vigente; bem como a condenação do Município, para cumprimento no prazo de dez dias, após o deferimento da medida cautelar, e, em caso de descumprimento da medida judicial, que seja aplicada multa diária no valor de 10 mil reais.

De acordo com o Promotor de Justiça Antônio Carlos Garcia de Oliveira, a Lagoa Maior no Município de Três Lagoas é o cartão postal da cidade, e conta com a presença diária de centenas de pessoas que praticam exercícios físicos na pista de saúde, que apreciam a beleza cênica do local ou que apenas descansam no local, no entanto, o número elevado de animais, como capivaras, jacarés, pássaros, cobras entre outros têm trazido riscos de vida à população local e dos próprios animais silvestres.

Segundo a Polícia Ambiental, existem no local aproximadamente 150 capivaras e 15 jacarés, além de muitos outros animais.

O Promotor de Justiça Antônio Carlos Garcia de Oliveira ressalta que uma cobra sucuri já foi alvo de morte por terceiros; bem como já dispararam tiros e flechadas em capivaras, açulam cachorros nos animais silvestres e uma série de situações bastante precárias, visto que inexistem pessoas capacitadas como seguranças, monitores e até mesmo anteparos para que os animais permaneçam em local adequado.

Por fim, ele relembra que um jacaré de papo amarelo atacou diversos animais que passeavam com seus donos na Lagoa Maior. Também houve um outro fato em que um imprudente cidadão foi filmado puxando a cauda do jacaré, sem dizer que, no último dia 02 de junho deste ano, mais uma vez o jacaré por muito pouco não abocanhou uma criança.

Texto: Elizete Alves/Jornalista – Assecom MPMS

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