O Tribunal do Júri Três Lagoas condenou na última quarta-feira (25/7), Wesley Sotto dos Santos a 65 anos, 7 meses e 7 dias de prisão e mais 10 dias de multa, por ter assassinado a tiros a ex-sogra Marlene Alves Rodrigues, 51, e ainda ter tentando contra a vida da ex-companheira, Vitória Cris Rodrigues e contra o próprio filho que na época tinha apenas dois anos de idade.

O crime ocorreu em abril de 2017 e, de acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, Wesley Sotto, por motivo fútil, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e em contexto de violência domestica e familiar contra a mulher, matou a ex-sogra Marlene Rodrigues Alves e em seguida tentou matar, com os mesmos recursos, a ex-esposa Vitória Cris Rodrigues e seu filho de apenas 2 anos de idade.

Na sentença, o Juiz reconheceu ainda que o crime foi cometido em contexto com o crime de Feminicídio, em razão ao desprezo ainda maior à condição de mulher das vítimas. O réu foi condenado por homicídio duplamente qualificado consumado, dois homicídios qualificados tentados e porte ilegal de arma de fogo.

O Promotor de Justiça Luciano Anechini Lara Leite comentou sobre o resultado da sentença e destacou que a justiça foi feita em caso que gerou comoção na cidade de Três Lagoas:

“E assim termina o julgamento do caso mais expressivo e revoltante de feminicídio na Comarca de Três Lagoas! Depois de ter sequestrado, lesionado e ameaçado vítima e familiares e ter ficado 7 meses preso por esses crimes para os quais restou condenado a 2 anos e 10 meses de reclusão, colocado em liberdade continuou ameaçando as vítimas forçando relacionamento, ameaçando matar a família até que, com efetivação do rompimento, usou desculpa para se reaproximar numa pretensa despedida e tornou a agredir a vítima:  Tragédia anunciada. Disse que voltaria com sua "máquina" e mataria a todos! Voltou e matou a sua sogra, tentou matar sua ex-companheira e seu filho de apenas 2 anos! 65 anos de cadeia em regime fechado... que os sobreviventes possam virar a página e tentar seguir suas vidas! Justiça feita”.

 

Texto: Ana Carolina Vasques/Jornalista-Assecom

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