O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Promotora de Justiça Andréia Cristina Peres, titular da 42ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, realizou, na última sexta-feira (19/10), roda de debate aberta ao público com o intuito de discutir o tema “Enchente X Drenagem Urbana em Campo Grande”.

Além da Promotora de Justiça, participaram da discussão os Professores e doutores, Ariel O. G. Martins, Paulo Tarso, Teodorico A. Sobrinho, Peter Cheung; e o Secretário Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (SISEP), Rudi Fiorese.

No encontro, foram debatidas quais as causas, consequências e soluções para o problema que assola, não só a Campo Grande, mas todo o País que sofre por não investir em infraestruturas que minimizem os estragos.

A Promotora de Justiça ressaltou que o Ministério Público Estadual recebe muitas queixas dos moradores. “São histórias muito tristes, de muitas perdas. Infelizmente não há um avanço da situação e percebemos que as coisas continuam como estão ou até mesmo piores”.

Deixando bem claro que o assunto jamais seria explorado em apenas uma tarde, o professor doutor Peter Cheung, da UFMS, propôs uma segunda rodada de discussão já no primeiro encontro promovido pelo MPMS.

Com um histórico de enchentes conhecido desde a sua a sua fundação, Campo Grande coleciona álbuns de fotografias de inundações históricas acontecidas no decorrer dos anos. Para se ter ideia, todas as vezes que o córrego Prosa atinge a marca de 2 metros a conhecida rua Joaquim Murtinho deve ser interditada por conta do acúmulo de água na via, apenas no ano de 2016 este tipo de medida foi tomada 11 vezes.  Sobre essa região, o professor Peter Cheung explicou que o funcionamento de um canal de drenagem não é satisfatório se os localizados em outras áreas da cidade têm estrangulamento do fluxo de águas. “Nós precisamos empoderar a sociedade, as Universidades precisam se apropriar dessas informações e fazer os estudos técnicos”.

A Capital tem um plano de drenagem elaborado faz poucos anos e a Promotora de Justiça enfatizou que o Município tem de seguir à risca fazendo as obras necessárias. “Se o plano não sair do papel não vale nada, ele precisa ser executado e o planejamento urbano depende dessa execução. E agora é a votação do orçamento e é importante que verbas estejam alocadas para o cumprimento dessa meta”, finalizou.

Texto e fotos: Ana Paula Leite/jornalista Assecom MPMS – com informações do SBT