Cerca de 18.600 eleitores foram às urnas no último domingo (6/10) para novas eleições no município de Miranda, distante 208km de Campo Grande. Foram 72 seções, distribuídas em 22 colégios eleitorais, alguns deles distribuídos em 8 aldeias indígenas do município.
A eleição suplementar foi realizada em razão da cassação dos cargos de Prefeito e Vice-Prefeito daquela municipalidade, eleitos em 2016, e ocupados, respectivamente, por Marlene de Matos Bossay (MDB) e Adailton Rojo Alves (PTB), após o ajuizamento de Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) pelo MPMS naquele mesmo ano. Encerrada a ação e comprovada a captação ilícita de sufrágio e abuso de poder econômico, em razão da compra de votos na Aldeia Lalima, em Miranda, a Prefeita e o Vice tiveram seus diplomas cassados pelo TRE-MS. A eleição suplementar municipal de 2019 foi determinada e conduzida pelo Juiz Eleitoral da 15ª Zona Eleitoral, Alexsandro Motta.
Esteve interinamente à frente da Prefeitura, o Presidente da Câmara Edson Moraes (Patriota), que também participou do pleito. Foram 4 os candidatos que participaram desta eleição suplementar: Zé Lopes (Partido Verde), Jorginho Cordella (Solidariedade), Valter Ferreira (DEM) e Edson Moraes (Patriota), que saiu vencedor com cerca de 8 mil votos, correspondentes a 63% dos votos válidos. O Prefeito recém-eleito terá um mandato de 1 ano e 2 meses até as próximas eleições municipais em 2020.
O trabalho de fiscalização das eleições foi realizado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul, representado pela Promotora de Justiça Juliana Pellegrino Vieira, que atua em substituição legal perante as Promotorias de Justiça da comarca de Miranda e perante a 15ª Zona Eleitoral. Segundo a Promotora de Justiça, as eleições ocorreram de forma tranquila, com um índice de abstenção de 30,64%.
Waléria Leite – Jornalista/Assessora de comunicação
Imagens: Cristiano Gomes/TV Morena (internet)