Entre os meses de janeiro e fevereiro de 2020 foram identificados 5.787,76 hectares de desmatamento de vegetação nativa. Destes, 4.808,4 hectares possuem autorização ambiental para supressão vegetal, restando 979,36 hectares de desmatamento, possivelmente ilegal, em 23 municípios do Estado de Mato Grosso do Sul.

Com esse levantamento realizado pelo Núcleo de Geotecnologias do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (NUGEO/MPMS), o MPMS conseguiu atingir a meta proposta pelo Programa DNA Ambiental (Programa de Detecção de Desmatamento Ilegal de Vegetação Nativa) de emitir os relatórios dos desmatamentos ilegais dos últimos dois meses, diminuindo o lapso temporal que, anteriormente, era de dois em dois anos.

Supervisionado e coordenado pela Procuradora de Justiça e Coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente, da Habitação e Urbanismo e do Patrimônio Histórico e Cultural (CAOMA), Marigô Regina Bittar Bezerra, e pelo Promotor de Justiça e Diretor do Núcleo Ambiental, Luciano Furtado Loubet, o Programa DNA Ambiental 2020 consiste em detectar desmatamento, possivelmente ilegal, de vegetação nativa nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal do Estado de Mato Grosso do Sul.

Em relação à quantificação do carbono emitido pela área desmatada, os 979,36 hectares de desmatamento ilegal identificados, resultaram na emissão de 72.061,81 toneladas de carbono na atmosfera. Estima-se que essa emissão equivale a um total de 16.269 caminhões rodando 100 km/dia, durante 1 ano.

Com base nestes dados, serão remetidos 41 pareceres aos órgãos ambientais e às Promotorias de Justiça para a tomada de providências e responsabilização dos possíveis infratores.

Texto: Ana Paula Leite/jornalista Assecom MPMS – com informações do CAOMA