Nessa quarta-feira (22/7), durante o terceiro dia de fiscalização conjunta do Ministério Público Estadual, da Polícia Militar, da Guarda Municipal, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (SEMADUR), da Vigilância Sanitária e da Agência Municipal de Transporte e Trânsito, as equipes se dividiram pelas seguintes regiões: Anhanduizinho, Bandeira, Centro, Imbirussu, Lagoa, Prosa e Segredo.

O Procurador-Geral de Justiça, Alexandre Magno Benites de Lacerda, tem coordenado as equipes capitaneadas pelos Promotores de Justiça, que se dividem entre os trabalhos administrativos, o dia a dia nas Promotorias e, agora, a missão de se juntarem às fiscalizações noturnas que acontecem em Campo Grande. Esse terceiro dia foi considerado bem mais tranquilo do que os anteriores. A Coordenadora da Força-Tarefa do MPMS, Promotora de Justiça Ana Cristina Carneiro Dias, esteve na região do Imbirussu e constatou que a população já começa a aderir ao decreto municipal: “Poucos estabelecimentos estavam abertos e foram orientados a fechar. A maioria respeitando o toque de recolher”.

A percepção de adesão da população foi a mesma das equipes que cobriram outras regiões: Anhanduizinho, Bandeira, Centro, Lagoa, Prosa e Segredo, conduzidas pelos Promotores de Justiça Helen Neves Dutra da Silva, Luciano Furtado Loubet, Nicolau Bacarji Junior, Paula da Silva Volpe e Paulo Henrique Mendonça de Freitas.   

Fazendo uma pequena retrospectiva de que essa adesão tem sido crescente, a Promotora de Justiça da Saúde na Capital, Filomena Aparecida Depolito Fluminhan, que participou das ações na segunda e na terça-feira, lembra que: “Foi preciso lacrar uma chácara com festa e aglomeração, além de outras situações de desrespeito ao toque de recolher. Não é o que queremos. Porém, é o que faremos caso insistam no descumprimento do decreto municipal”. 

Na terça-feira (21/7), os Promotores de Justiça Luciana do Amaral Rabelo, Luiz Eduardo de Sant’Anna Pinheiro, Moisés Casarotto, Paulo Roberto Gonçalves Ishikawa e Rodrigo Yshida Brandão que integravam as equipes afirmaram que encontraram irregularidades nas regiões que fiscalizaram. Na maioria houve orientações a donos de comércio em funcionamento fora do horário e notificações a estabelecimentos comerciais por problema de alvará. 

O relatório técnico descritivo apresentado nessa quinta-feira (23/7), pela Secretaria de Saúde do Estado, Geocartografia dos Indicadores de Morbidade e de Mortalidade da covid-19 em Mato Grosso do Sul, da 27ª a 29ª semanas epidemiológicas, considerou indicadores compostos conforme apresentado anteriormente e explicitados por meio de mapas e tabelas. A partir disso, recomenda que sejam tomadas medidas mais efetivas no sentido de contenção do avanço da doença para a prevenção da saúde das pessoas e a redução de danos para a população e para a saúde pública. A Organização Mundial de Saúde (OMS) orientou o isolamento social como medida preventiva, e as cidades regiões e países que levaram a sério a recomendação da autoridade de saúde tiveram êxito na contenção da doença.

O relatório realizado por pesquisadores e professores doutores apresenta a variação do indicador de novos registros de óbitos pela covid-19 e evidencia que os Municípios de Campo Grande (aumento de 84% - de 43 para 79 óbitos), Dourados (aumento de 59% - de 32 para 51 óbitos) e Corumbá (aumento de 109% - de 11 para 23 óbitos) tiveram aumento expressivo no número de óbitos pelo novo coronavírus e, juntos, registraram 67 novos óbitos no período de 4 a 21 de julho.

Para Alexandre Magno Benites de Lacerda: “Essa é uma oportunidade de fazermos algo diferente. De fato, estamos à beira de um colapso. Nós não precisamos ter isso registrado na nossa história. Este é o momento para unirmos esforços e essa união Institucional é de grande importância. Porém, precisamos conscientizar a população de Campo Grande”, concluiu o Chefe do Ministério Público Estadual.

texto e fotos: Waléria Leite – Jornalista/Assessora de Comunicação

Confira o relatório no anexo 1

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