Atento à expressiva queda de imunização da população como um todo, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul desenvolveu o Projeto Vacinômetro, que visa enfrentar as falhas relacionadas à baixa cobertura vacinal no Estado e a real possibilidade de introdução de doenças imunopreveníveis já erradicadas no País, especialmente neste momento de pandemia, que pede mais atenção das autoridades quanto ao assunto imunização.

O projeto permite o monitoramento das taxas de cobertura vacinal dos municípios do Estado e disponibiliza aos Promotores de Justiça, especialmente àqueles com atribuição na área da saúde pública e/ou infância e juventude, uma base de dados desenvolvida pela equipe da Secretaria de Tecnologia da Informação do MPMS que compara a cobertura vacinal local com as metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde, bem como modelos de peças para atuação institucional neste assunto, e apresenta as metas atingidas para cada um deles, além do ranking dos municípios com as piores e as melhores taxas de adesão. Confira os dados aqui.

Trinta e quatro municípios de Mato Grosso do Sul já estão executando o Projeto Vacinômetro, tendo os Promotores de Justiça acionado os gestores municipais para providências quanto à necessidade de aumento da imunização da população, atuação esta que já ganhou repercussão nacional.

A Promotora de Justiça Ana Cristina Carneiro Dias, Coordenadora do Núcleo da Cidadania, esclareceu que o Ministério Público Estadual cobrará dos gestores ações voltadas à melhoria da vacinação da população, citando como exemplo, manter a sala de vacina aberta durante todo o horário de funcionamento das unidades de saúde, não criar barreiras ao acesso da população às vacinas, como sistema fora do ar, ausência de documentos etc. Ressaltou que a ideia é: “deu chance, vacine”, aproveitando as oportunidades de vacinação. Pontuou que os municípios também precisam monitorar a cobertura vacinal, buscando usuários faltosos, principalmente populações em vulnerabilidade. Apontou a existência de uma falha muito comum e que pode estar causando o diagnóstico da baixa cobertura que é a ausência de registro da vacina porventura aplicada. Afirmou que o projeto visa também combater a informação falsa (fake news) sobre a vacinação: “Não é opção do cidadão, é obrigação”.

A imunização é a única maneira de garantir que doenças, antes erradicadas, não voltem. Por isso a importância de os pais e responsáveis das crianças e adolescentes compreenderem que o ato de vacinar protege não somente os seus filhos, mas toda a coletividade, que também é beneficiada com este ato de proteção e cuidado.

 

Texto: Ana Carolina Vasques/Jornalista - editado por Waléria Leite -Jornalista/Assessora de Comunicação

Imagem: Marketing Assecom/ MPMS