A acusada Fernanda Aparecida da Silva Sylvério foi condenada, nesta sexta feira (13/11), a 17 anos de reclusão, em regime fechado, pelo assassinato de Daniel Nantes Abuchaim, ex-Superintendente da Secretaria de Estado de Fazenda (SEFAZ). O julgamento foi realizado na 2ª Vara do Tribunal do Júri em Campo Grande.

Na ocasião, o Promotor de Justiça Bolivar Luis da Costa Vieira requereu inicialmente a condenação da ré por homicídio qualificado por dissimulação, recurso que dificultou a defesa da vítima, e por motivo torpe – este foi posteriormente afastado pelos jurados, a pedido da acusação e da defesa, por insuficiência de provas.

No início desta tarde, o Conselho de Sentença, por maioria de votos declarados, condenou Fernanda Aparecida. A sentença foi dada pelo Juiz Aluízio Pereira dos Santos, que levou em consideração a decisão do júri e retirou a qualificadora referente a ação por motivo torpe.

O Promotor de Justiça Bolivar Luis Vieira deixou claro, durante o julgamento, que a prova dos autos aponta para a participação de uma terceira pessoa não identificada, “provavelmente um homem”, e destacou ainda que a ré atuou ativamente na morte de Daniel Nantes. “Ela atraiu a vítima com a promessa de sexo para o motel, onde foi morto de forma brutal”, ressaltou o Promotor.

O caso

Daniel Nantes Abuchaim foi assassinado a golpes de faca no interior do Motel Pousada Lumière, em Campo Grande, em novembro de 2018. Logo em seguida, seu corpo foi deixado às margens de uma estrada vicinal no bairro Jardim Veraneio.

Dias após o assassinato, Fernanda Aparecida da Silva Sylvério foi presa pelo homicídio, alegando que o crime foi cometido por vingança a um possível assédio contra a namorada, versão que não foi sustentada pela Promotoria de Justiça tampouco pelo Conselho de Sentença no julgamento.

 

Texto: Ana Carolina Vasques/Jornalista - Assecom/MPMS