A Operação “Araceli” é apresentada, nesta terça-feira (18/5), em coletiva de imprensa realizada no prédio da Procuradoria-Geral de Justiça do MPMS. Esta operação é fruto de uma força-tarefa entre o Ministério Público de Mato Grosso do Sul e as Polícias Civil e Militar de MS. O objetivo foi dar cumprimento a 27 mandados de prisão e de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Criminal de Campo Grande, em desfavor de condenados por crimes praticados contra crianças e adolescentes, a maioria por abuso e exploração sexual.

Dos 27 mandados de prisão, 20 foram cumpridos nesta manhã. Outros dez, expedidos anteriormente, foram cumpridos durante a semana em que se apurou a localização dos sentenciados, totalizando então 30 presos. Participaram da operação 150 Policiais Militares e 128 Policiais Civis. 

Segundo o Promotor de Justiça Marcos Alex Vera de Oliveira, nos anos de 2019 e 2020, foram distribuídos 1.667 novos inquéritos policiais, dos quais 78% são voltados para a apuração de crimes contra a dignidade pessoal praticados contra crianças e adolescentes, como os crimes de estupro e importunação sexual. Os homens são a maioria dos autores, sendo que destes, 93% mantêm vínculos familiares com as vítimas. Em relação ao perfil das vítimas, 96% são do sexo feminino, sendo que desse percentual, 74% possuem idade entre 6 e 13 anos.

Os dados foram apresentados pelos representantes da força-tarefa durante a coletiva de imprensa. Participaram: o Promotor de Justiça Marcos Alex Vera de Oliveira; o Comandante-Geral da PM, Coronel Marcos Paulo Gimenez; a Delegada-Geral Adjunta da Polícia Civil, Rozeman Geize Rodrigues de Paula; o Diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE), Delegado Fabiano Nagata; e a titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), Delegada Marília Brito Martins.

Confira no anexo 1 da notícia, o relatório de análise com os dados.  

Operação “Araceli”

Batizada de Operação “Araceli”, a ação lembra o caso da menina brasileira Araceli Cabrera Sánchez Crespo, assassinada em 18 de maio de 1973, aos 8 anos de idade, na cidade de Serra, no Espírito Santo. O corpo da criança foi encontrado somente seis dias após o crime, desfigurado por ácido e com marcas de violência e abuso sexual. Os acusados pelo crime foram absolvidos e o processo arquivado pela Justiça, fato que instituiu o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

A Operação “Araceli” integra as ações do “Maio Laranja”, mês de combate à exploração e ao abuso sexual de crianças e adolescentes.

 

Texto: Waléria Leite – Jornalista/Assessora de Comunicação

Fotos: Ana Carolina Vasques/Jornalista-Assecom MPMS 

 

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