O balanço com os resultados da Operação “Mata Atlântica em Pé”, desencadeada em âmbito nacional, foi apresentado, nesta quinta-feira (30/9), durante a live “Resultados da Operação Mata Atlântica em Pé e os desafios para a preservação do bioma”, contando com a participação do Promotor de Justiça do MP do Paraná e Coordenador Nacional da Operação, Alexandre Gaio; do geógrafo e ambientalista da Fundação SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani; do geógrafo e Coordenador Técnico do Projeto MapBiomas, Marcos Rosa; e da Promotora de Justiça do MP da Bahia e Presidente da Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público Ambiental, Cristina Seixas Graça.

Na oportunidade, foram detalhadas as ações executadas, as tecnologias empregadas para o mapeamento das áreas vistoriadas, as dificuldades encontradas e os desafios para a preservação e recuperação do bioma.

O Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA) atuou em conjunto com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul. Dez alvos foram fiscalizados durante a operação, tendo o BPMA recebido 22 pareceres do Núcleo de Geoprocessamento do MPMS (Nugeo), relacionados aos dez municípios alvos do estado, sendo eles: Amambai, Anaurilândia, Dourados, Eldorado, Jateí, Miranda, Naviraí, Paranhos, Porto Murtinho e Rio Brilhante, para o devido cumprimento por parte das Subunidades do BPMA no interior do Estado de Mato Grosso do Sul.

Nesses dez dias de operação, totalizou-se o valor de R$ 107.810,00 em multas e foram detectados 28,14 hectares com irregularidades.

Segundo o Promotor de Justiça e Diretor do Núcleo de Meio Ambiente do MPMS, Luciano Furtado Loubet, a operação no estado atingiu o seu objetivo de fiscalizar desmatamentos ilegais e chamar atenção para a preservação do bioma.

Loubet ressalta que, em MS, a fiscalização de desmatamentos ilegais com base em imagens de satélite é rotina, em razão do programa DNA Ambiental, em que são levantados os locais de possíveis ilegalidades e encaminhados à Polícia Militar Ambiental.

No Estado de Mato Grosso do Sul

No ano de 2020, foram vistoriados 24 alvos, contra 126 no ano anterior. O alto número de alvos no ano de 2019 é decorrente do acúmulo de alvos dos anos de 2016, 2017 e 2019 do Programa DNA Ambiental do MPMS. Isso também refletiu no montante de multas aplicadas aos infratores que, no ano de 2020, foi de aproximadamente R$ 1.058.000,00, inferior, portanto, ao ano de 2019, que somou R$ 6.106.990,00.

 

Texto: Waléria Leite – Jornalista/Assessora de Comunicação

Imagem: MPPR