Foi lançado, na tarde desta segunda-feira (25/10), no Estabelecimento Penal Feminino de Regime Semiaberto, Aberto e Assistência à Albergada de Campo Grandel (EPFRSAAA), o Projeto “Aurora”, idealizado pela 50ª Promotoria de Justiça, que tem como titular a Promotora de Justiça Jiskia Sandri Trentin.

O Projeto “Aurora” tem como objetivo monitorar a evolução do cumprimento da pena de internas dos regimes semiaberto e aberto que se encontrem na Capital, e a reinserção social em condições propícias para uma verdadeira ressocialização, priorizando, incialmente, aquelas que se propuseram a participar do Curso "Método CIS – em casa", do coach Paulo Vieira, e do Curso de Inteligência Emocional, “Método EVO - Sem Limites”, ministrado pelo coach Márcio Micheli.

“Nós sabemos que não podemos mudar o mundo, mas sabemos que podemos mudar a vida de alguém”. Com essas palavras, Jiskia Trentin oficializou a parceria entre as instituições, que se propuseram a unir esforços neste trabalho. São elas: Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen/MS), Escritório Social, Secretaria Municipal de Assistência Social, Fundação Social do Trabalho de Campo Grande (Funsat), Subsecretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Laboratório de Saúde Mental e Qualidade de Vida no Trabalho da UCDB e Instituto Rorschach de Mato Grosso do Sul.

A proposta é trabalhar todas as facetas que compõem o universo da pessoa em transformação, desde o conhecimento da estrutura de apoio familiar até a sua qualificação profissional, a fim de que seja possível viabilizar a inserção em trabalho lícito e a realização de sonhos, reduzindo as chances de reincidência. Para tanto, será elaborado o Plano Terapêutico Transformador Singular (PTTS), de forma individualizada, por meio do qual será traçado o perfil da reeducanda, mediante análise do seu projeto de vida, de suas dificuldades e habilidades, bem como de sua perspectiva de mudança após o cumprimento da pena.

Em contrapartida, a interna que se interessar em receber o apoio do Projeto “Aurora” e de fazer parte dele, deve se comprometer a participar das dinâmicas individuais e em grupo, esforçar-se para o recebimento das orientações e, simbolicamente, firmar o compromisso no sentido de que pretende trilhar nova trajetória de vida longe da criminalidade, o que já foi feito pelas 14 internas pré-selecionadas para participar do “Aurora”.

“O Projeto ‘Aurora’ nasceu de uma inquietude, de uma insatisfação e de um sonho. Inquietude por saber que algo precisa ser feito com os números da criminalidade que aumentam incessantemente. Insatisfação com o nosso próprio trabalho porque ainda não conseguimos atingir o ideal de ressocialização que nós queremos. E o sonho de transformar pessoas que se arrastaram para o crime e que querem e precisam de uma nova oportunidade”, finalizou Jiskia Trentin.

Texto: Waléria Leite – jornalista/Assessora de Comunicação

Fotos: 50ª Promotoria de Justiça