A Colônia Penal Industrial de Três Lagoas (CPITL) recebeu, na última quarta-feira (16/3), a entrega de obras de melhorias estruturais, relativas à construção de um novo setor administrativo e ao reforço na segurança. As melhorias foram realizadas com recursos provenientes de penas pecuniárias, liberados pelo Ministério Público Estadual, por meio do Promotor de Justiça Jui Bueno Nogueira; pelo Juiz de Direito titular da 1ª Vara Criminal de Três Lagoas, Rodrigo Pedrini Marcos; e com o apoio do Conselho da Comunidade da comarca.

Com investimento na ordem de R$ 260 mil, a reestruturação e ampliação proporcionará o aprimoramento das ações de assistência aos reeducandos da unidade penal, garantindo um cumprimento de pena mais digno aos apenados e melhores condições de segurança e trabalho aos servidores.

Um novo setor administrativo foi construído, recebendo o nome do ex-presidente do Conselho da Comunidade, José Antônio Rodrigues. A homenagem reflete o relevante trabalho do profissional no tempo em que esteve frente à pasta. Durante o evento, a esposa de José, falecido no ano passado, recebeu um buquê como forma de agradecimento.

O setor administrativo contempla a sala de atendimento psicossocial e da coordenação das áreas da saúde e educação, onde também funcionam as videoconferências.

Em seu discurso, o diretor da Colônia Penal Industrial, José Antônio Garcia Sales, destacou que as obras foram realizadas nos últimos dois anos e trouxeram diversos benefícios ao local.

“A partir delas, também implantamos uma nova empresa que proporcionou mais ocupação produtiva aos internos. Hoje temos mais de 90% da massa carcerária trabalhando e temos a missão de atingir sua totalidade, algo inédito no Estado. Tudo isso é realidade graças ao trabalho em equipe dos servidores e das instituições parcerias, que atuam em conjunto com a unidade”, agradeceu Sales.

As obras de reestruturação contemplaram, ainda, a troca de telhados, alambrados, parte hidráulica, elétrica e pintura de alojamentos e celas, além da ampliação da portaria da unidade.

Na reforma, em grande parte foi utilizada mão de obra de reeducandos da própria colônia penal, que receberam remição de um dia da pena a cada três trabalhados, conforme estipulado pela Lei de Execução Penal. A ação, além de reduzir os custos e o tempo das obras, auxilia na reinserção social dos detentos, com oferecimento de trabalho e possibilidade de profissionalização.

Texto e Fotos: Agepen com edição de Waléria Leite - jornalista/assessora de comunicação.