O conceito de economia circular – que surge para substituir o formato de economia linear – vem ganhando cada vez mais espaço nos debates sobre sustentabilidade. Mas será que todos entendemos o que é e como podemos contribuir para essa mudança? 

Essa transição tem como objetivo principal construir uma gestão muito mais eficiente do uso de recursos naturais. Isso significa priorizar a fabricação de produtos mais duráveis, recicláveis e que não dependam única e exclusivamente de matéria-prima virgem. 

Na economia circular temos um processo muito mais saudável para o planeta. Nele, o cidadão consome, faz a separação e o descarte corretos de seus resíduos, o sistema de coleta seletiva dá início ao ciclo de reciclagem dos materiais com potencial de reaproveitamento, há a reciclagem desses itens que voltam para a indústria e, na sequência, são novamente inseridos na cadeia de abastecimento. 

É um modelo que aumenta o valor da matéria-prima já extraída, garantindo que ela permaneça pelo maior tempo possível em uso. Com isso, evita a extração de novas matérias-primas, o que também tem um impacto gigantesco na redução do uso de combustíveis fósseis e na poluição.

Enquanto isso, as sociedades que seguem optando pela economia linear encurtam o ciclo de vida dos produtos, gerando um volume ainda maior de resíduos para serem administrados em um momento em que há falta de espaço para aterros sanitários e exigindo ainda mais do meio ambiente. Isso porque, nesse formato econômico, há uma via de mão única composta por: extração de recursos naturais, produção, utilização e descarte.

E qual o nosso papel na consolidação da economia circular? Temos de consumir conscientemente, ou seja, observando tudo o que compramos e fazendo as melhores escolhas possíveis para evitar desperdícios. Além disso, devemos cuidar dos nossos resíduos para garantir que tudo o que pode ser reaproveitado seja, de fato, reaproveitado. Por isso sempre reforçamos a importância de separar e descartar corretamente os resíduos. 

 

*Este é um conteúdo produzido pelo “Projeto Resíduos Sólidos – Disposição Legal” realizado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (Caoma/Núcleo Ambiental), Tribunal de Contas de MS, Semagro/MS e Uems. Este projeto visa buscar alternativas para extinção dos lixões e implementação da Lei de Resíduos Sólidos no estado, mormente desenvolvendo soluções consorciadas benéficas para toda a sociedade de Mato Grosso do Sul.