Na última segunda-feira (24/10), o réu P.S.T. foi condenado pelo Tribunal do Júri da comarca de Sonora pelo feminicídio praticado contra a vítima L.J.C., ocorrido em agosto de 2021.

O Conselho de Sentença acolheu a tese sustentada pelo Promotor de Justiça Thiago Barile Galvão de França e reconheceu as qualificadoras do motivo fútil, asfixia e do feminicídio. Os jurados ainda reconheceram os delitos de fraude processual e ocultação de cadáver. Na sentença, a Juíza de Direito Larissa Luiz Ribeiro fixou a pena em 25 anos e 6 meses de reclusão e 30 dias-multa, devendo ser cumprida em regime fechado.

Sobre o caso

O caso ocorreu em 2021 no município de Sonora e segundo consta da denúncia do MPMS, o acusado manteve um relacionamento conjugal por mais de quatro anos com a vítima. Dessa relação adveio um filho, que na época do crime tinha apenas dois anos de idade. Conforme apurado, no dia 4 de agosto, após ter sido acionada pela mãe da vítima, que afirmou que a filha estava desaparecida por dois dias, a Polícia Civil se deslocou até a residência do casal para colher esclarecimentos do esposo.

Na residência, os policiais encontraram na lixeira objetos pessoais da vítima, como documentos, além de uma peça de roupa manchada de sangue. Eles constataram ainda que um dos cômodos da casa apresentava intenso cheiro de alvejante, dando indícios de que teria havido limpeza recente para disfarçar eventuais vestígios. A equipe também detectou manchas de sangue no colchão do casal.

Na ocasião, o acusado passou a dar versões diferentes do desaparecimento da esposa. Após inspeção no quintal da residência, onde foi verificada recente escavação, o réu confessou o crime de ocultação de cadáver, no entanto afirmou que a vítima teria cometido suicídio.

Diante dos fatos, os policiais civis efetuaram a prisão em flagrante e, após intensa escavação, encontraram o corpo da vítima enterrado no imóvel.

 

Texto: Ana Carolina Vasques/Jornalista-Assecom MPMS