Na manhã desta quarta-feira (7/12), o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC) e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou a Operação Parasita, com o objetivo de dar cumprimento a 18 (dezoito) mandados de busca e apreensão nesta Capital e em Itajaí/SC, expedidos pelo Poder Judiciário da comarca de Campo Grande/MS.

A investigação do GECOC apura crimes de associação criminosa, licitação, emissão de notas fiscais falsas, falsidade ideológica e peculato, em razão da simulação de procedimentos de compra e venda de produtos jamais entregues ao Hospital Regional de Mato Grosso do Sul – HRMS, ensejando o desvio de dinheiro público e o pagamento/recebimento de propina.

Até o momento, as investigações já apontam prejuízo de mais de 14 milhões de reais nos últimos anos, mediante compras fraudulentas. A título de exemplo, uma das comercializações simuladas, com valores em torno de 2,5 milhões de reais, destinou-se à aquisição do produto contraste, em quantidade suficiente para cerca de quatro anos, sendo que, por não ter sido entregue, o material se encontra em falta no hospital, inviabilizando exames e procedimentos essenciais a inúmeros pacientes.

Os mandados de busca e apreensão têm como alvos pessoas físicas e jurídicas vinculadas à investigação.

Participam da operação os integrantes do GECOC, dos GAECOs de Mato Grosso do Sul e de Santa Catarina, além de policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE).

O nome Parasita decorre da ação danosa que suga os recursos públicos da saúde, prejudicando tanto o regular funcionamento do hospital público como os pacientes do Sistema Único de Saúde.

Texto: GAECO