A Promotora de Justiça titular da 21ª PJ da Capital, Luciana do Amaral Rabelo, participou, no último mês, do evento “Análise dos Homicídios com Lupa de Gênero”, realizado pelo Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC). Na ocasião, Luciana Rabelo ministrou o workshop “Feminicídios: um estudo da violência letal de mulheres por serem mulheres”, direcionado a integrantes do MPAC e da Polícia Civil do Estado do Acre.

O Procurador-Geral de Justiça do MPAC, Danilo Lovisaro do Nascimento, agradeceu a presença da Promotora Luciana Rabelo e ressaltou sobre a relação institucional com o MPMS. “É uma honra tê-la aqui, junto com todos os colegas do Ministério Público e da Polícia Civil, que são grandes parceiros na luta contra o crime. Quero expressar a nossa gratidão pela sua presença e exaltar o trabalho exemplar do Ministério Público de Mato Grosso do Sul. Temos nos inspirado em suas práticas e estratégias. Tenho certeza de que o workshop trará ainda mais conhecimento, pois vamos aproveitar a longa experiência profissional da Dra. Luciana no enfrentamento à violência contra a mulher e, atualmente, a sua prática no Tribunal do Júri em casos de feminicídio”, afirmou.

No workshop, a Promotora de Justiça Luciana Rabelo abordou a alarmante realidade do feminicídio no Brasil, destacando que o país ocupa a quinta posição no ranking mundial. Luciana ressaltou a presença do patriarcado em todas as sociedades e a desigualdade estrutural de poder que subjuga as mulheres em relação aos homens. Ela enfatizou que os feminicídios são fenômenos sociais e culturais, enraizados em um contínuo de violência que restringe o desenvolvimento livre e saudável das mulheres.

Luciana Amaral Rabelo participou ainda do lançamento da segunda edição da Revista Realidades, com o tema “Mulheres Vivas: Feminicídio é evitável”. Ao abrir o evento, a Coordenadora do Centro de Atendimento à Vítima (CAV), Procuradora de Justiça Patrícia de Amorim Rêgo, explicou que a revista foi elaborada com base em um estudo realizado pelo Observatório de Violência de Gênero (OBSGênero), com auxílio do Núcleo de Apoio Técnico (NAT). A publicação lança luz sobre as estatísticas de feminicídios ocorridos no estado nos últimos cinco anos, estimulando reflexões sobre o problema, em especial sobre a eficácia das políticas públicas preventivas e da justiça penal.

 

Texto: Assecom MPAC com edição de Ana Carolina Vasques/Jornalista-Assecom MPMS

Fotos: MPAC