A Escola Superior do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (ESMP-MS) realizou, nesta sexta-feira (12/4), em plataforma online, a palestra “A cultura do respeito e a prevenção do assédio no trabalho”, com a psicóloga, professora e pesquisadora Mestre em Administração pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Doutora em Medicina Preventiva pela Universidade de São Paulo (USP), Lis Andréa Pereira Soboll.

A Procuradora-Geral Adjunta de Justiça Administrativa, Nilza Gomes da Silva, participou da reunião representando o Procurador-Geral de Justiça, Alexandre Magno Benites de Lacerda. A Promotora de Justiça Ana Lara Camargo de Castro também participou e representou o Diretor-Geral da ESMP-MS, Promotor de Justiça Fabio Iannni Goldfinger.

Ao longo da palestra, Lis Andréa explanou sobre as diferenças entre os tipos de assédio e ressaltou a importância de identificar se é assédio ou conflito. “É importante diferenciar o assédio do conflito. O assédio é quando não podemos expressar o que a gente sente, é quando diante daquilo que ocorreu e dos comportamentos hostis eu não puder nem expressar quem eu sou, de ter constrangimento em relação a colocar a minha ideia e me sentir diminuída na minha possibilidade de ação. Quando o assédio acontece, atinge-se essa dimensão de dignidade”.

A Promotora de Justiça Ana Lara Camargo de Castro comentou sobre a fala da palestrante a respeito do humor. “As pessoas ainda falam: ‘Ah, mas foi só uma piada’. Principalmente quando tem intersecções de gênero, intersecções étnicas, intersecções de orientações sexuais, vários níveis de intersecções possíveis. Então, quando o humor se intersecciona, é muito complexo. Há uma defesa muito grande do humor que dificulta até o interlocutor questionar aquele ato feito pelo outro porque ele vai dizer: ‘Eu só estava brincando, você não tem senso de humor, você não aceita uma piada’. É preciso a gente entender melhor o humor no ambiente de trabalho e os limites dele, os limites da liberdade de expressão e a intersecção do humor nas relações, entender que o humor também é forma de agressão”.

Para encerrar, a Procuradora-Geral Adjunta de Justiça Administrativa falou sobre a necessidade de haver um acolhimento familiar e institucional, agradecendo a palestrante.

Texto: Taís Wölfert/Residente em Jornalismo, com supervisão de Cynthia Silveira – Assecom MPMS