O Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS) Izonildo Gonçalves de Assunção Júnior participou da audiência pública com o tema: “Caminhos Inclusivos rumo a um Mato Grosso do Sul sem Misoginia”, que aconteceu hoje (5/4), no Plenário da Câmara Municipal de Dourados. O Promotor de Justiça representou o Procurador-Geral de Justiça, Alexandre Magno Benites de Lacerda, e compôs mesa juntamente com a Ministra de Estado das Mulheres, Cida Gonçalves; a deputada estadual Gleice Jane, o diretor do Fórum de Dourados, César de Souza Lima; a Reitora em Exercício da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Cláudia Gonçalves de Lima; a Defensora Pública Inês Batisti Dantas Vieira, titular da Defensoria Pública de Defesa da Mulher da comarca de Dourados, que representou o Defensor Público-Geral do Estado, Pedro Paulo Gasparini; e a Diretora-Geral da Guarda Municipal de Dourados, Liliane Graziele Cespedes de Souza Nascimento, que representou o prefeito Alan Guedes.

O Promotor de Justiça Izonildo Gonçalves Júnior falou sobre a necessidade do acolhimento das vítimas de violência doméstica e de seus familiares. “A violência não ocorre somente nos locais pobres e abandonados, ela acontece em todos os lugares. E posso afirmar, com certeza, que as nossas famílias estão doentes. Não adianta prender agressor se não cuidar da família como um todo. Prender agressor é uma tarefa que temos que fazer, mas a proteção integral à mulher, à criança, aos adolescentes e à família deve ser em primeiro lugar”.

No evento, estavam presentes autoridades, parlamentares, representantes de autoridades de classe, movimentos sociais e Organizações Não Governamentais (ONGs). O objetivo era debater as políticas públicas para as mulheres desenvolvidas pelo Ministério das Mulheres, bem como apresentar as diversidades e seus territórios.

A Ministra de Estado das Mulheres agradeceu o apoio do MPMS no combate e enfrentamento à violência contra a mulher. Ela também ressaltou a importância de toda a população brasileira entender o que é misoginia. “A raiz do problema no Brasil e no mundo é o ódio contra as mulheres, a misoginia. A nossa tarefa é fazer com que todas as pessoas deste país, a que anda de ônibus, a que não sabe ler, a que está na aldeia, no campo, na floresta, saibam que, se alguém gritou, encostou, brigou, humilhou, é ódio contra as mulheres, é misoginia e vai ter que gritar: ‘isso é um ato misógino!”.

 

Texto: Taís Wölfert/Residente em Jornalismo, com supervisão de Waléria Leite/Jornalista – Assecom MPMS